domingo, 7 de junho de 2009

Os Três Mosqueteiros_ Alexandre Dumas


O ponto principal desse, que é um dos clássicos incontestáveis da literatura mundial, é a composição dos personagens. Longe de serem aqueles cavalheiros venturosos de todas as fábulas e desenhos animados baseados nessa obra, os quatro personagens principais(Athos, Portos, Aramis e D´artagnan) são muito mais do que isso, sua composição é tal que a personalidade de cada um vêm se moldando do princípio ao final do livro, expondo suas vontades, seus métodos, suas regras de cáracter, costumes e o principal, suas feridas. E é uma grata surpresa saber que não pára por aí, pois os quatro são muito bem acompanhados cada qual com o seu lacaio, que muito além de meros coadjuvantes, prestam papel fundamental em diversas passagens da história. Além de um enredo fantástico e diversas outras personagens que entram e saem da estória cada qual deixando sua marca, ora roubando demasiado a cena, mas somente para abrilhantar cada vez mais a aura de nossos quatro(quem sabe oito) heróis. Tudo começa entre uma ferrenha disputa entre os poderes de duas guardas principais, a saber, os mosqueteiros de Sr. de Tréville e a guarda do cardeal Richelieu, que nada mais é que um reflexo da disputa política travada em meio à corte por esses dois senhores, e quando tudo parece óbvio, a estória vai se desenvolvendo de forma fantástica, ganhando cada vez mais camadas tornando a leitura imprevisível.Certo, nem tudo são flores, e devo dizer que o autor peca pelo excesso de pequenas aventuras paralelas(excelentes pequenas aventuras paralelas diga-se de passagem) deixando por vezes a saga principal em segundo plano, tornando tudo pouco linear, apesar de a maioria delas se conectar à estória principal de forma bastante enriquecedora. Ao mesmo que o livro pode ser facilmente dividido em duas partes, pois em determinado momento a narrativa ganha uma guinada sem precedentes(onde o autor opta por uma narrativa bem mais sombria) e finalmente e estória passa a ganhar uma forma bastante definida. É válido mencionar que praticamente todos os personagens e intrigas são baseadas em histórias e personagens reais(e que vida agitada essas pessoas tiveram), facilmente identificadas pelas notas de Octávio Mendes Cajado, tradutor da versão nacional. Sem mais delongas, eu recomendo!
O Autor dessa resenha, é Anderson Brandão Lustosa. (Agradeço profundamente essa e as contribuições vindouras).

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