segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Críticas e ETC!


Pessoal, essa semana eu passei por uma situação interessante: eu estava lendo o segundo livro de Percy Jackson sentada na escadaria de minha Universidade ( eu faço Letras na UFRRJ), era um momento de intervalo entre aulas e eu tentava distrair a cabeça com algo que fosse mais leve, eu teria em seguida um reunião do Grupo de Estudos sobre Eça de Queiroz, falaríamos sobre "O primo Basílio" livro que já li duas vezes e que estou lendo a terceira agora, por força desse grupo de estudo. Bem, lá estava eu, na escadaria do ICHS (para quem conhece, é aquela escadinha que dá para o segundo andar, onde fica as salas dos professores) e um dos meus professores me abordou, perguntando o que eu estava lendo e eu mostrei para ele a capa, pensando que ele reconheceria a capa, ou, pelo menos, leria o título antes de fazer qualquer comentário, imaginei que , como um professor de literatura, ele teria a mente aberta o suficiente para me perguntar sobre o que era, ou, pelo menos se eu estava gostando. Em vez disso, ele me perguntou: "isso é leitura que se faça? Uma estudante de letras, que vergonha."
Várias respostas me vieram a cabeça, nenhuma que valha a pena digitar aqui! Na hora resolvi não responder, peguei minha mochila, que estava ao meu lado, levantei e procurei um banco vazio. Acho que o fato de eu não o responder o deixou desorientado (quem em conhece sabe, que minha língua é minha maior armar) então ele ficou parado, com uma mãozinha questionável na cintura, me olhando enquanto eu me distanciava. Depois de me acalmar, e respirar fundo, contando até 10... eu me pequei perguntando: "Como um professor de uma faculdade federal, supostamente doutor em literatura, consegue ser tão burro?". Leio por amor, tem coisas que tenho que ler porque sou obrigada, coisas que são deveres de uma estudante de Letras, que faz parte de meu currículo, mas existem coisas que leio porque gosto, não interessa se é do gosto dos professores,, se eles julgam os livros que leio "literatura" ou não, não me interessa se a "crítica" gostou ou não, o que me interessa é se EU gostei, se a leitura me traz prazer, seu eu gargalho ou choro em meio a suas palavras. Acho que os professores se esquecem do prazer, esquecem do porque de estarem ali. Sinto vergonha por eles, não por mim! Era só para contar para vcs! Bom feriado. E eu volto com críticas depois!

sábado, 6 de novembro de 2010

Fortaleza Digital _ Dan Brown

Lançado em 1998, é o primeiro livro desse escritor e foi o único dele que eu li que tem como principal personagem uma mulher, e não uma mulher qualquer, que depende de um homem para ver a verdade que está em sua frente, mas sim uma mulher forte, determinada e acima de tudo: inteligente. Essa mulher é Susan Fletcher, melhor criptóloga da NSA e noiva de David Becker. Ajuda Strathmore na sua luta para inutilizar o Fortaleza Digital. O enredo é mais ou menos assim:

Ensei Tankado, um ex-funcionário da Agência de Segurança Nacional , que jura vingar-se dos Estados Unidos, desenvolve um algoritmo de encriptação inquebrável, algo considerado impossível, que caso seja publicamente utilizado inutilizará o computador superpotente da NSA, TRANSLTR, na decodificação de mensagens. A este algoritmo dá o nome de Fortaleza Digital. Tankado conta com a ajuda de North Dakota, pessoa responsável por tornar o Fortaleza Digital público caso Tankado morre sem cumprir seu objetivo. Tankado sofre uma morte misteriosa, supostamente causada por um ataque cardiaco. Antes de morrer, Tankado tenta chamar a atenção das muitas pessoas que passavam ao seu redor numa praça publica da Espanha para o anel que trazia na sua mão esquerda, anel esse que seria a chave do Fortaleza Digital.Trevor Strathmore, vice-director da NSA, convida David Becker para ir a Espanha em busca do anel e juntamente com a criptóloga Susan Fletcher, noiva de Becker, tenta evitar a disseminação do Fortaleza Digital. Sem saber em quem confiar Susan e David, separados, tentam encontrar a solução para evitar o que poderia ser o maior desastre da História da Segurança de Informações norte-americana.

Tenho que admitir que foi um dos livros mais intensos que já li, se igualou somente ao “Anjos e Demônios”, do mesmo autor. Recomendo! Abraços!

Percy Jackson e os Olimpianos (Livro 1) _ Rick Riordan


Nada melhor que a boa e velha "leitura novela"!! Sabe aqueles livros que são usados para substituir malhação, novelas do horário das 18 e revistas de moda e comportamento? Esse é um bom exemplo! Eu não tenho absolutamente nada contra! è bem divertido, tem falas e personagens engraçados, e possui uma coisa de muito interessante: faz alusões, a todo tempo a deuses gregos, o que eu, particularmente, achei bem legal. Na verdade, é a única coisa de instrutivo que esse livro possui. Bem, mas vamos a história, afinal, é para isso que vocês estão lendo!
Percy é um menino comum, filho de pais separados (depois descobrimos que seu pai era um deus grego), que foi diagnosticado com dislexia e déficit de atenção. Em meio a um colégio para crianças problemáticas, no qual ele não vê nada de interessante, Percy parece ser mais um na multidão. Em um de seus passeios escolares ,na excursão para o Metropolitan Museum of Art, ele manipula a água e faz uma cleptomaníaca ruiva e sardenta chamada Nancy Bobofit que estava o irritando e implicando com o seu melhor amigo, Grover ficar encharcada. A professora de iniçiação á álgebra, conhecida como sra. Dodds, o leva para dentro do museu enquanto todos estão lá fora. A professora se transforma em uma das fúrias de Hades (Deus dos Mortos)também conhecidas como benevolentes e tenta o matar. Para sua surpresa, o seu professor paraplégico o ajuda jogando uma caneta que se transforma em espada (Anaklusmos ou Contracorrente) para Percy, que consegue matar a professora. Uma noite, ele escuta seu melhor amigo, Grover (um sátiro), conversando com Quíron, seu professor. Depois de sonhos com uma águia na praia brigando com um cavalo, sua mãe lhe manda para o Acampamento Meio-Sangue, um acampamento para outras crianças com um(a) pai/mae deus(a) grego(a).
Já dá para perceber que o livro tem um “Q” de Harry Potter com Hércules. Mas estou lendo e está sendo um bom passa-tempo. E vocês, já leram? O que acharam?

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Revolta com a perversidade.


Sei que este blog se trata de um meio de informação sobre leitura, mas existem alguns fatos que eu, como pessoa, não posso deixar de olhar, perceber e estremecer. As vezes me pergunto até onde vai a perversidade humana. Ontem eu vi, pela primeira vez, o vídeo da menina jogando os cães no rio e aquela imagem vai me perseguir por muito tempo. Espero que ela saiba que tudo que fazemos ao mundo volta para nós mesmos multiplicado por três, e espero também que os pais dessa menina sejam multados, presos e principalmente, reconhecidos na rua como os educadores de uma criminosa. Deixo aqui minha manifestação de revolta. Obrigado pela atenção.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Janey Wicox, Alpinista Social _ Candace Bushnell

Me desculpem os fans de Bushnel, mas esse livro pra mim foi o fim da picada, na verdade estou até meio envergonhada de coloca-lo aqui, mas é melhor preveni-los! A história fala de uma modelo (Janey), que é recém contratada para ser garota propaganda da Vitoria's Secret, ela é uma mulher bonita, jovem e sensual, que poderia ser independente e talvez uma personagem forte e determinada, mas ela (ao contrario de Carrie, personagem da mesma autora) é totalmente dependente de homens, de sua aprovação, não usa sua inteligência para nada de bom ou construtivo, ela não é heroína, nem anti-heroína, ela é uma idiota e usa sexo como uma arma. Com ambições pequenas, mentes pequenas em um mundo totalmente deturpado este livro é , desculpem-me a palavra, um lixo. Puro desperdício de papel!! Fico por aqui, desaconselhando esse fracasso. Abraço.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

As Duas Vidas de Audrey Rose _ Frank de Fellita

O livro é ambientado em Nova York, na segunda metade dos anos 70. E discute abertamente a questão da reencarnação. Há basicamente dois núcleos no livro. Os Templetons e Hoover.
O último perde a mulher e filha, Audrey Rose, em um acidente automobilístico. Procurando conforto espiritual e entendimento Hoover vai para a Índia e se familiariza com a cultura e religião indiana, mas essa parte da história somente nos é contada no meio do livro.
O início já se dá com a busca de Hoover pela filha dos Templenton, Ivy, uma menina de dez anos, que Hoover acredita receber o espírito de sua falecida filha. Ivy sofre desde pequena de ataques psicóticos.
Com o aparecimento de Hoover os ataques ficam mais violentos.
Ele tenta diversas aproximações e provoca uma desestrutura na família Templeton. Até essa parte o livro fica no campo da reencarnação. Mas o Sr. Hoover tenta sequestrar Ivy em uma de suas crises psicóticas. Neste momento o livro se volta para o campo jurídico e nos leva a tentativa de comprovar a reencarnação e livrar Hoover da prisão. O interessante do livro é que ele acaba nos deixando cheio de dúvidas sobre o assunto, quando lemos, recebemos opiniões diversas das personagens, o que nos faz questionar ainda mais se a menina está possuída ou é simplesmente doente. Uma leitura instigante. Vale a pena dar uma olhada! Abraços e volto com mais logo logo.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

A Vingança da Mulher de Meia Idade _ Elizabeth Buchan

Para quem está a procura de uma diversão pacata este livro pode ser uma boa companhia. Apesar do título, que parece voltar o livro para um público mais velho, eu dei boas gargalhadas com a história de Rose, uma mulher independente, decidida, com dois filhos criados, um jardim que ela adora, um marido que ela ama e uma casa, que apesar de não ser o que ela sonhava, é seu canto e onde ela sonha todas as noites.
Tudo está muito bem, até ela descobrir que seu marido tem uma amante e que esta é sua secretária. O mundo então se abre a seus pés, em meio a prantos, risadas e amigas ela consegue se por de pé novamente. Uma boa leitura, muito engraçadinha e divertida. Volto mais tarde!
Abraço

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Ensaio sobre a Cegueira _ Saramago


"Este é um livro francamente terrível com o qual eu quero que o leitor sofra tanto como eu sofri ao escrevê-lo. Nele se descreve uma longa tortura. É um livro brutal e violento e é simultaneamente uma das experiências mais dolorosas da minha vida. São 300 páginas de constante aflição. Através da escrita, tentei dizer que não somos bons e que é preciso que tenhamos coragem para reconhecer isso." Essas foram as palavras de Saramago sobre este grande livro. Tenho que admitir que somente o li depois de ver o filme, e após lê-lo fiquei imaginando como um homem pode criar um texto tão complexo em sua totalidade e mesmo assim tão simples de ser entendido, pensar e retratar a alma humana não é mesmo uma dificuldade para este autor. Este foi o primeiro livro que li de Saramago e este superou todas as minhas expectativas. Este livro faz uma intensa crítica aos valores da sociedade, e ao que acontece quando um dos sentidos vitais falta à população e percebemos então que, apesar de toda a nossa concepção de civilização, somos apenas animais, claro, que a sociedade em que vivemos controla isso em nós, mas e se esta sociedade não existisse mais como conhecemos? Seria então impossível controlar esse lado bestial humano?
A tragetória começa num único homem, durante a sua rotina habitual. Quando está sentado no semáforo, este homem tem um ataque de cegueira, e é aí, com as pessoas que correm em seu socorro que uma cadeia sucessiva de cegueira se forma… Uma cegueira, branca, como um mar de leite e jamais conhecida, alastra-se rapidamente em forma de epidemia. O governo decide agir, e as pessoas infectadas são colocadas em uma quarentena com recursos limitados que irá desvendar aos poucos as características primitivas do ser humano. A força da epidemia não diminui com as atitudes tomadas pelo governo e depressa o mundo se torna cego, onde apenas uma mulher, misteriosa e secretamente manterá a sua visão, enfrentando todos os horrores que serão causados, presenciando visualmente todos os sentimentos que se desenrolam na obra: poder, obediência, ganância, carinho, desejo, vergonha; dominadores, dominados, subjugadores e subjugados. Nesta quarentena esses sentimentos se irão desenvolver sob diversas formas: lutas entre grupos pela pouca comida disponibilizada, compaixão pelos doentes e os mais necessitados, como idosos ou crianças, embaraço por atitudes que antes nunca seriam cometidas, atos de violência e abuso sexual, mortes,…
É interessante pensar como todo o enredo se dá a partir da "visão" dessa única mulher, que não é afetada pela doença. Saramago trabalha magistralmente com nossas emoções. Eu gostei muito. Espero que você goste também. Volto com mais depois. Abraços!

sábado, 22 de maio de 2010

As Virgens Suicídas _ Jeffrey Eugenides



O livro começa e se estende por uma trama muitíssimo interessante, onde um grupo de irmãs começa a se suicidar gradativamente. O autor nos mostra o sofrimento da família e as diversas maneiras como os componentes desta lhe davam com as perdas e dores. Ao contrário de um triller de mistério esse livro não tem solução óbvia, não há uma razão pela qual as meninas se matam, não há uma dor visível nas letras, há sim um sentimento marcante por trás de tudo que este grupo de personagens passaram. Uma das coisas mais interessante deste pequeno livrinho é que os contadores da história são os vizinhos das meninas o que nos dá uma visão meio que fofoqueira da história. É um livro super interessante, para ser lido mais de uma vez, que entende a alma humana de uma maneira diferente, que admite que não há razões óbvias para nada, ou pelo menos não tão óbvias quanto achamos que é. Volto com mais depois. Beijokas!

domingo, 28 de março de 2010

A SENHORA DO JOGO _ Sidney Sheldon e Tilly Bagshare


No seu bestseller mundial O REVERSO DA MEDALHA, publicado em 2003 Sheldon conta a história de várias gerações da família Blackwell, que ergueu seu império com os diamantes da África do Sul, chegando até a personagem principal, Kate Blackwell, que tem algumas características de mulheres de outros romances de Sidney Sheldon, ela é forte, dominadora, manipuladora, linda e utiliza de todas as suas armas, inclusive sexuais para atingir seus objetivos. A história começa em Dark Harbor, no Maine, uma colônia de super-ricos, e se desloca para os campos de diamantes da África do Sul, as ruas boêmias de Paris, as mansões imponentes da Inglaterra, as salas de reuniões e as alcovas da América, onde se realizam as transações que representam milhões e milhões de dólares. É verdade que em alguns pontos o autor deixa a desejar em sua narrativa, mas não deixa de ser um livro eletrizante, com “cenas” de ação extremamente excitantes e “cenas” de sexo mais excitantes ainda. Em A SENHORA DO JOGO ,a continuação da trajetória desta amoral família não deixa a desejar, com a morte de Kate, o império fica sem um comandante, e os descendentes das gemeas Alexandra e Eve farão de tudo para serem os novos senhores do jogo. As personagens são marcantes, o texto conciso, com capítulos curtos que fazem a estória correr de modo ágil por anos a fio. Para quem teve o prazer de ler “O Reverso da Medalha” e gostar, este livro cairá nas graças de suas noites, pois,se for como no meu caso,depois que você começar a ler ficará difícil largar

sábado, 27 de fevereiro de 2010

O SILMARILLION _ J.R.R. Tolkien

Há muito tempo atrás ao acabar de ler "O Senhor dos Anéis" me senti órfão do mundo que o genial Tolkien criou (toda vez que vejo sua foto me pergunto o que teria naquele cachimbo!). Até por isso não concordo com a opinião da autora deste blog em relação ao livro de Tolkien. Todos os personagens, mesmo que só existam em um capítulo, como Tom Bombadil que inclusive foi excluído do filme, fazem parte de toda fantasia do mundo de Tolkien. Desnecessário para um filme? Sim, talvez. Mas para um livro não. Enfim, a crítica é sobre "O Silmarillion". Em "O Silmarillion" mais uma vez entramos no mundo de Senhor dos Anéis, só que dessa vez é a origem, o início de tudo, como o nosso big bang ou a Criação (tome como quiser) até chegar ao que já conhecemos, se você já leu Senhor dos Anéis, claro. Se "O Senhor dos Anéis" já era detalhista, "O Silmarillion" é ainda mais. Só pra citar, ao final do livro são 50 páginas de glossário!!! Os personagens, assim como os lugares, possuem um nome em cada idioma, que são vários, e isso torna a leitura um pouco cansativa. Talvez por não ter sido organizado para publicação por Tolkien (falecido antes da publicação) a maioria dos fatos não segue uma ordem cronológica. São diversos contos e lendas que enredam toda a estória, que no final, se você prestou bastante atenção à leitura e tem boa memória, se entrelaçarão dando sentido a sua presença no livro. Resumindo, foi cansativo mas foi bom! Também não poderia deixar de acrescentar a ótima charge feita por João Montanaro sobre a complicada forma de falar de alguém do mundo Tolkien:




( Uma participação de Tárcio Triani. Esperamos te ver mais por aqui!)

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

O SÍMBOLO PERDIDO _ Dan Brown

Dan Brown consegue se repetir sendo original, como isso? A estrutura é a mesma, mesmo assim a estória não é nada previsível, basta procurar no Google “Fique rico imitando Dan Brown” para descobrir que dentre milhares de postagens, ninguém conseguiu ainda. E se a estrutura é a mesma, a narrativa rápida, os detalhes fascinantes e a habilidade ímpar de nos manter envolvidos ao ponto de sempre querer “ler só mais um capítulo” também se encontram aqui. Nessa trama, Robert Langdon é convidado às pressas para realizar uma palestra no Capitólio de Washington, para em seguida descobrir que Peter Solomon, o ilustre maçon que supostamente o convidou para realizar a palestra, corre grande perigo de vida e que precisa conseguir desvendar sinais deixados pelos fundadores dos Estados Unidos(que eram todos maçons) se quiser salvar a vida dele. Mas o autor vai ainda mais longe, pois a intenção é discutir se os antigos mistérios exotéricos que estão enraizados em todas as grandes religiões do mundo escondem pistas sobre a divindade do próprio Homem. Ao esmiuçar símbolos e significados de monumentos e obras de arte por toda a capital americana, acredito que nessa obra ele tenha ido ainda mais longe que nos livros anteriores, trazendo à luz não apenas significados, mas também interpretações de antigos ensinamentos que descambam em filosofia, história, ética e religiosidade. Mas não se engane ao pensar que o livro desvenda grandes segredos das mais importantes ordens exotéricas, Dan Brown não é maçon, tampouco Rosacruz, e mesmo que fosse, não poderia revelar bastante coisa, porém, o livro têm muito mérito por chegar onde chegou, assim como por divertir, informar e convidar a refletir. Pois nas palavras do próprio autor: “O importante é que as pessoas tentem entender os símbolos e as crenças dos outros, e tenham menos preconceito.”
"A única diferença entre você e Deus é que você se esqueceu de que é divino."

Se você está muito curioso, dê uma olhada no vídeo abaixo:



(Mais uma magnífica participação de Anderson Lustosa!!! Muito Obrigado)

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

ALMANAQUE DE CURIOSIDADES MATEMÁTICAS- Ian Stewart


Escrito pelo professor de matemática Ian Stewart (Warwick University, Inglaterra), este livro serve tanto como um divertimento quanto um informativo para aqueles que gostam ao menos um pouco de matemática. Trata-se de um apanhado de teoremas famosos (como o teorema das quatro cores, o último teorema de Fermat, a conjectura de Poincaré, o problema de 1 milhao de dólares (ainda não provado!!), ...), jogos de lógica, piadas sobre a área (algumas sem graça até.), desafios matemáticos e histórias curiosas envolvendo personagens da História da Matemática.
É um ótimo livro para se ler sem compromisso, já que está dividido em tópicos sem seguir alguma cronologia ou assunto e a forma informal de escrever de Stewart nos faz pensar estar conversando com o mesmo, nos fazendo imaginar quando ele ri da graça ou da falta de graça de suas piadas!!!
Livro de grande utilidade para quem estuda e lida com matemática ou de grande divertimento e informação para quem não é da área, já que mostra de forma divertida e informal assuntos tidos como chatos por quem não gosta de matemática. Uma boa aquisição para leituras casuais entre uma atividade e outra.
( Uma grande participação de Tárcio Triani. Estamos esperando pelas próximas!)

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Aos Criticos de Leitura.

Depois de ler inúmeras críticas resolvi aparecer de "cara limpa" para dar uma palavrinha com nossos leitores, e esclarecer alguns mal entendidos: não sou dona da verdade, acredito que ninguém seja, e que toda história tem mais de um ponto de vista; Esse blog foi criado com a intenção de dividir o que penso sobre os poucos livros que já li, em momento algum disse que minha opinião é única e verdadeira; Procuro não usar palavras de baixo calão nas postagens, e agradeceria imensamente se elas também não fossem usadas nos comentários e críticas, afinal, tenho certeza que os leitores desse blog conseguem se comunicar sem tais artifícios; Entendo perfeitamente que quando gostamos muito de um livro e este é criticado negativamente isto parece nos atingir de forma física e a vontade que temos e de literalmente "bater" em quem fala ( ou digita) tal heresia, peço que não me levem a mal, acredito que todos os livros aqui contribuíram para a pessoa que sou hoje, e me orgulho bastante do resultado. Gostaria de deixar aqui também uma observação sobre a crítica dos livros da série "Crepúsculo": li coisa do tipo "vampiro com purpurina quando o sol bate"...rs... bem, isso visivelmente é uma observação de quem somente viu o filme da série, lembren-se que aqui discutimos sobre livros, se você não leu o livro não critique, faça como eu, abstenha-se. Obrigado. Abraços.

A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS _ Markus Zusak




Poucas vezes eu tive a oportunidade de ler algo diferente, diferente de todas as coisas que eu já tinha lido, essa foi uma das raras vezes que isso aconteceu. Apesar de se passar em meio a uma guerra ( e, acreditem quando eu digo que já li minha cota de livros sobre guerra) essa história tem vários diferenciais. Escrito, ou, pelo menos publicado antes de "O Menino do Pijama Listrado", essa foi a primeira vez que eu vi a guerra pelos olhos de uma criança, não tendo eu lido o livro "O Diário de Anne Frank". Um diferencial é o fato de a história ser narrada pela morte, isso mesmo, a personagem MORTE narra a história dessa menina, coisa que primeiramente causa impacto, depois uma certa curiosidade, e ao final uma ternura imensa.

A trajetória de Liesel Meminger começa em 1939, quando a morte a encontra pela primeira vez e a acompanha até 1943. Em meio a isso há traços de uma sobrevivente: a mãe comunista, perseguida pelo nazismo, envia Liesel e o irmão para o subúrbio pobre de uma cidade alemã, onde um casal se dispõe a adotá-los por dinheiro. O garoto morre no trajeto e é enterrado por um coveiro que deixa cair um livro na neve. É o primeiro de uma série que a menina vai surrupiar ao longo dos anos. O único vínculo com a família é esta obra, que ela ainda não sabe ler. Em meio a trama ela fará alguns amigos, perderá muitas pessoas e mostrará a vida de uma maneira que tenho certeza que comoverá muitos leitores, assim como me comoveu. A leitura é cativante e a história emocionante, recomendo sinceramente está grande livro, que com certeza você irá ler e (daqui a alguns anos) reler.

Volto com mais depois!
Fui!

sábado, 13 de fevereiro de 2010

OS HOMENS QUE NÃO AMAVAM AS MULHERES _ Stieg Larsson


Para quem não conhece essa série, ai vai uma dica: pesquise tudo que você puder sobre ela, os livros são soberbos, com uma escrita maravilhosamente ágil e inteligente. É impossível não se identificar com as personagens desta trama tão bem entrelaçada. Passada na Suécia, mas especificamente em Estocolmo, que é a capital e maior cidade desse país.
A história se inicia com um julgamento, onde um jornalista perspicaz e louco por uma matéria mete os pés pela mãos ao publicar uma matéria de fonte desconhecida e não garantida. Mikael Blomqvist é um homem de meia idade, mulherengo, na sua vida a única coisa levada a sério é a revista MILLENNIUM, onde trabalha e é um dos donos e Erika, a editora chefe da revista, com quem tem um caso à mais de 20 anos.
Acusado injustamente de caluniar um corrupto magnata numa reportagem, Blomqvist é obrigado a sair de cena. Mas não por muito tempo. O industrial Henrik Vanger logo o contrata para uma missão que a princípio parecia impossível ou mesmo inútil: descobrir o que aconteceu com uma sobrinha desaparecida há 40 anos. Vanger acredita que ela foi assassinada por um dos membros da família, a qual detesta, mas não há pista alguma - a própria polícia arquivou o caso.
Blomqvist muda-se para a ilha onde vive a disfuncional família Vagner, que mais parece sair de um filme de terror de mal gosto.Inesperadamente, ganha a ajuda da jovem e surpreendente Lisbeth Salander, uma hacker franzina com pinta de punk, um passado infernal e uma inteligência fora do comum ( sinceramente, não gostei dela no início, mas no desenrrolar da história, ela se tornou a anti-heroína perfeita). Os homens que não amavam as mulheres é uma leitura muito boa, recomendo a todos que gostam de um bom suspense, e de um livro que fala sobre REALIDADE, coisas da vida, fatos, e, acima de tudo gente!.. Muito bom! Aprovadíssimo e recomendado!
Até a próxima!
Só mais uma coisa: esse livro já está sendo transformado em filme, dá uma olhada em http://www.youtube.com/watch?v=sXTlR4v54T0 e veja o trailler!